segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

#19:28

meu chinelo já não me serve,
azul, preto, o cinza.

nem quarenta e dois, nem um.
não existe numeração para um poder pisar,
me perco em ferro, madeira, pó.

não tenho preocupação de cabeça,
não faço por existir.

ontem eu existi, amanhã eu chorei.
a canção das flores se perdeu no meu presente,
e tudo que eu olhei, hoje está congelado, frio.

maçã apodrece em meu tato,
e tudo o que me sobra é sono.

2 comentários:

Luiz Gonzaga B. Jr. disse...

Difícil te comentar, cara.
Mas eu queria comentar. Você é dum abstrato... perturbador.

Camila Barbosa disse...

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