quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

#196

como fogo que não arde;
como agulha que não machuca;
como faca não afiada;
como uma comida insustentável,
e pedra não lapidada
a vida surge e resurge ao tocar dos ventos,
seu tato já não é igual, e,
sua audição se perdeu nos tempos dos conflitos.

quero o samba mais alegre com a melodia mais triste,
quero esquecer os ventos antigos;
nostalgia é para os que não vivem,
lembranças são para os que se perderam no tempo
e - juro, eu não me perdi.
estou mais vivo que os "seres humanos" de Brasília.


alguém gritou que o tempo não pára.
e eu não acreditei nos tempos de filosofia

4 comentários:

Anônimo disse...

Assino embaixo. Gostei.

Fernanda Zanol. disse...

Gerson arrasando como sempre. Adorei.

Obrigada pelos parabéns, e olha, tu vai passar também! Torço por ti.

bjobjo ;**

Falkner M. S. disse...

Intenso hein (:

Arthur Dantas disse...

tinha que ser um leitor de Rimbaud... deixando uma marca aqui. vlw

Eles