segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Caos

São nos caos de inverno que nossos desejos são revelados, nossos sentidos intensificados, mas às vezes não identificados, também é aí que reparamos em cada passo dado nas imensas ruas dessa megalópole, lotada por seus milhares de curiosos, se reparando até no modo desses de se vestir, tentando desvendar o misterioso e o inusitado, e não é só a moda que está nessas ruas e sim os inúmeros estados de espírito e modo de vida, é nessas ruas que se surpreendemos com atitudes, ações, com a massa, mas depois de se andar uma vez na segunda já se torna tudo tão normal, mas nunca existe algo igual ao outro, ninguém consegue ser igual a ninguém, por mais que estes queiram, aqui o que manda é ser você, ou tentar descobrir quem é você, mas é uma mistura de passos, músicas, pessoas, modos de vida, comida, que você se perde, mas se perder aqui é necessário, não se pode julgar pelas suas aparências, o recheio do bolo nunca fica para o lado de fora, é aí que você se encaixa e descobre o que você realmente quer, mas não se pode pensar muito não, na megalópole o que manda mesmo é o tempo, na pressa pessoas correm, nunca se sabe o que tem na próxima esquina, surpresa aqui é o que não falta, mas também nem tudo é surpresa, todos sabemos que cada um tem um tempo precioso, ainda mais aqui.Aqui temos principalmente que saber utilizar nosso tempo, e nossas preferências, cinemas, shows, bares, shoppings, compras, museus, amostras, parques, exposições, esporte, academia, viagens, biblioteca, aulas, ou mesmo ficar em casa dormindo. O tempo sempre será nosso, mas o caos, cada um tem o seu.

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