terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sem Título - #07.11

Solto um "AH" como quem tem uma urgência-sobrevivência.

Preciso gritar para ele, mas minha frequência não emociona. Meus curtos braços só alcançam os ares daqui debaixo. Se eu pudesse estar por toda sala, quem sabe a paz estivesse em alguma célula do meu corpo; poderia lhe tocar; alterar sua textura, suas cores.

Havendo água a me oferecer eu não dependeria de "AH" ou dos longos braços, estaria feliz por ser o menor possível, sua paz seria a minha. Seriamos dupla.

AH! Quão utópico são meus pensamentos.

Utópico ou não, ainda quero gritar. Voar e gritar.

Meu Deus não deu voz e asas, mas deu a mim a impossível tarefa de não te desejar.

Laranjeira azul,

um dia chego na lua.

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