Preciso gritar para ele, mas minha frequência não emociona. Meus curtos braços só alcançam os ares daqui debaixo. Se eu pudesse estar por toda sala, quem sabe a paz estivesse em alguma célula do meu corpo; poderia lhe tocar; alterar sua textura, suas cores.
Havendo água a me oferecer eu não dependeria de "AH" ou dos longos braços, estaria feliz por ser o menor possível, sua paz seria a minha. Seriamos dupla.
AH! Quão utópico são meus pensamentos.
Utópico ou não, ainda quero gritar. Voar e gritar.
Meu Deus não deu voz e asas, mas deu a mim a impossível tarefa de não te desejar.
Laranjeira azul,
um dia chego na lua.
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