nesta manhã ao acordar, abrir a janela e ver o sol renascendo, chorei. Sem explicação. O ato no sense matinal. Sentimento que nunca me pertenceu, e que agora invade minha íris, dilata minha pupila, corrói minhas artérias chegando lentamente na coluna vertebral. A coluna que é só minha. Chorei. Lágrimas azuis, verdes, cor de vinho.
Isso NÃO VEM DE MIM. Vem de fora, do horizonte da cidade, do vertical dos esqueletos dos arranha- céus. Não é meu essa merda de sentimento. Secaram as almas, as energias, a cidade, as lágrimas. Não chorei. Deitei. Deitei sem saber quem era este ou isto. Deitei sem perceber. Sem me perceber.
2 comentários:
Gerson
Há dias assim...zangados com todo o mundo e o que é pior...com nós mesmos!
Mas vamos tentar ver melhor o azul?Na cidade não vê o verde que acalma... a simplicidade dos pássaros...das pessoas!
Se não nos amamos, quem melhor nos ama que nós próprios?
Abraço
chama-se sensação -
sentimento que se empresta.
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