domingo, 24 de junho de 2012

22h29 - quase julho.

coceira no umbigo.
Volto a ficar nervoso a estar 10km de distância do seu cheiro, posso te ouvir passar antes mesmo de chegar a sua rua e se eu provoco o desencontro é somente pela insegurança de não saber se digo oi, olá ou simplesmente paro e fico a te olhar, três dias ou quatro. Eu não sei que chão é esse que piso ao estar com você, nem sei se esse chão é meu, seu ou meu-seu. Não desejo nada demais. Sua boca me seduz, seduz meus olhos, sobe para a testa e atravessa todo o de trás do meu corpo, que tem medo de ser atraído pela frente, então minha satisfação estar no te ver, ouvir e conversar com você. Eu devo parecer um esquizofrênico ao seu lado, não penso ao contrário. Corro pra te ver e tenho medo de te tocar a mão, se te abraço quero me entregar e ficar nos seus braços por setenta e quatro horas. Eu tenho todo um passado que grita, que me esfola, você não me isenta de dor, mas você não dói, não machuca, se eu pudesse lhe presentear, seria de cores, não que você não tenha, mas quero te preencher, no nariz, na boca, no seio, no pé, no dedo, na lombar, no sorriso, na alma, no olhar, quero tingir você com todas cores que eu já vi, senti e perdi, aliás não quero nada. Não. Não quero. 
Posso deitar aqui?
Durmo cantando canção de fora. 

Você fala da vida, de uma vida nossa, que sim existe, mas não conhecíamos, descubro sua pele quando você toca minha mão. Cigarro meu-seu, café meu-seu, cerveja, corrida e um frio que só quer nos aproximar em olhares, eu te abraço com o olho esquerdo e você se abre com o direito, depois seu esquerdo vem ao meu direito até nos perdermos em olhares, e você chora no meu colo: 

you tell me summer's here,
and the time is wrong.




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Eles