terça-feira, 8 de março de 2011

21:18

me embebedei.

não tinha mais o que fazer. os remédios já tinha tomados todos no verão do ano anterior, nenhum efeito que me tirasse desse mundo.

estava perdido, 3:57, carnaval, bêbado, silencioso, sacada, garrafas vazias. Nada que mudasse minha concepção de mar. Eu não sabia para onde olhar: mar, pessoas, carros, navios, nuvens, escuridão. Chorar não é remédio; beber tabém não. Mas adiantava.

não estava perdido. Estou. Sou o caminho sem destino, sou o caminhão sem freio, sou o mar sem fim. Fotografei tudo que poderia ser explicado como meu campo de visão. Não para ser lembrado, não para ser vislumbrado, queria poder olhar. Somente olhar, quando eu bem quiser. E é isso que tenho feito. Que fiz. Ainda estou bêbado. Com fotografias na mão. Não consigo ficar em pé. Ainda bem. Só quem sente o chão sabe o quanto ele é frio e duro. Garrafas vazias. Outras pela metade. Vou continuar a noite sem expectativas. Tudo me cansa. Vocês, eles, nós.

3 comentários:

Amanda Galdino disse...

e a gente sempre tenta achar uma váuvula de escape.
a gente sempre tenta...

Jonatha Cruz disse...

SEMPRE..

Jonatha Cruz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

Eles