quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

sonho.txt

Um sonho: Eu, sozinho, no meu apartamento. Uísque, Vodca, Bacardi, Martini. Café, Cigarro. Pessoas na sacada do prédio vizinho se amando no sexo animal, ou perdendo a virgindade num sexo tímido, acanhado. Talvez briga com tapas e palavrões acelerados e quem sabe no meu terceiro trago do quadragésimo cigarro, uma morte. Ou um nascimento. Talvez uma menina, uma senhorita, uma senhora pelada se insinuando para mim. Coitada. Eu só pensava em minhas garrafas, meus copos novos e meus cigarros.

Este é meu sonho. Meu sonho que facilmente posso realizar. Quero emoção. Quero alucinação. Tudo que minha droga matinal não me oferece. Tudo que minha mão direita não me traz na quinta masturbação do dia.

É. Meu sonho. Sonho nada. De sonho ninguém vive. Já sonhei muito na minha vida. Sonhei com quatro pessoas. Não. Pára de pensar em putaria. Isso é passado. Nada de orgia. Nada de promiscuidade. Quatro pessoas separadas. Cada uma com sua estação. Mas nada vale sonhar. Isso é minha meta. E começo com minhas garrafas. Coloco minha cadeira favorita na sacada. Ascendo meu cigarro. Encosto na sacada. Fumo o primeiro, segundo. Sento. Olho ao redor. Vejo prédios vizinhos e aguardo. Guardo. Ligo minha câmera e espero. Espero emoção. Espero cafeína. Eu gosto de álcool.

Um comentário:

Lara Teixeira disse...

compartilhamos o mesmo sonho, querido, pode apostar.

Eles