sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

02:20 - quase festa natalina

Estou parado. É. Parado. Sei lá, não tem explicação tudo isso. Aliás, nada existe explicação. Quem foi o covarde que disse que viver era fácil? E quem foi o ordinário que disse que era difícil, bem difícil? Me encara se puder me ouvir. Me beija se puder me tocar. Seja se puder ser.

Quero chorar e não consigo.

Filmes, canções, contos, romance até crônica. Nada funcionou. Resolvi te enviar email no passado. Tudo em vão. Passei em frente ao seu prédio. O concreto me olhou, mandou eu ir embora e nunca mais voltar. E o que tá preso? É meu?

Pediram para esperar, o tempo resolveria tudo. Ele é o senhor. Desculpa esperei demais e tudo que conheci durou tão pouco. Até os que eu já conhecia, gostava e até sentia um filete de amor, arrancaram o que restou de meus olhos. Não vou me questionar.

Sou neurótico. Sempre fui. Já quebrei cabeça no espelho. Já derrubei televisores. Já sangrei a mão por completo. Já queimei poemas. Já dei livros. Já namorei sem amar. Já transei sem conhecer. Já sorri sem estar feliz. Já chorei no escuro. Chorei no claro. Odiei à luz do dia. O que me restou foram os vícios.

Guardei amor demais. O vício tomou conta.

3 comentários:

Anônimo disse...

Mais corajoso é aquele que escreve.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
slowmind disse...

o vício tomou conta.

sentimentos bons vem e vão. temos que viver.

um 2011 cheio de nuvens brancas e poesia.

beijo.

slowmind

Eles