terça-feira, 2 de junho de 2009

São Paulo virou uma Woodstock


Em torno de 800 atrações no centro de São Paulo, eis a Virada Cultural Paulista; um encontro de ritmos e variadas formas de arte em aproximadamente 150 lugares no centro e no resto da cidade de São Paulo. A Virada Cultural completa cinco anos nesta edição e já é um evento esperado desde o início do ano pelos paulistanos e moradores de sua área metropolitana. Aproximadamente 4 milhões de pessoas, de acordo com o próprio site do evento, vindo de todas as partes do estado de São Paulo, e de outros estados estiveram presente.

Shows com produção de excelência, sem atrasos; grande equipe de segurança; apresentações de qualidade; ótima sinalização dos palcos do evento; são os pontos de positivos do evento. Mas, é claro, que como todo evento público, ainda mais do Estado, tem seus pontos negativos, e desta vez o que ganhou destaque foi o número grande de lixo na rua e o mal cheiro que predominava, e o pior de tudo, o número de lixeiras pelas ruas, praticamente zero.

"O problema mesmo é esse cheiro de maconha", frase que se ouvia em qualquer lugar do evento da prefeitura de São Paulo, o que não era uma mentira, principalmente durante a madrugada e logo de manhã em qualquer palco do centro, o que predominava era o cheiro da droga ilícita. Segurança havia, mas faltava atitude.

Uma pesquisa feita pela BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) de 1992, em 20 faculdades da cidade de São Paulo constatou que cerca de 26% dos universitários já usaram maconha ao menos uma vez; 4% afirmam usar diariamente; e 14% relatam o uso da droga ilícita atualmente. Durante o evento que durou um período de 24 horas na cidade de São Paulo, ficou óbvio o uso de maconha na cidade por jovens, e até adultos, mas ainda o número maior de uso fica com os universitários.

Somente com o cheiro já se identificava com facilidade nas ruas o uso da maconha. Como disse a própria Baby do Brasil no seu show com Novos Baianos; "São Paulo virou uma Woodstock" (Festival que ocorreu entre o fim dos anos 60 e começo dos anos 70, exemplo da cultura hippie). São Paulo realmente virou Woodstock, a droga predominava assim como em Bethel (cidade rural em que foi organizado o festival hippie em New York). Os usuários de maconha da Virada Cultural pouco se importavam com a intenção do evento, ou mesmo com as famílias presentes, pois a qualquer momento um "baseado" poderia estar em sua mão. São Paulo fumou maconha durante o evento; mesmo os não-usuários da droga, utilizaram dela passivamente. De longe era perceptível um número em massa de utilização da droga somente pela fumaça que se formava acima do público, e conseqüentemente pelo seu cheiro, extremamente forte.

É difícil entender a posição do governo contra as drogas. Cheio de publicidade, levando em conta sempre a saúde da população, politicamente correto sempre, e quando se depara com um de seus maiores eventos da cidade, nenhuma atitude; nem ao menos pedir pra fumar distante das famílias que apenas queriam ver Zeca Baleiro ou mesmo um tributo ao Tim Maia.

Para uma droga como a maconha chegar na mão de um número tão grande de pessoas, existem aqueles que plantam, os que compram, e os que traficam: devem ser essas pessoas que dizem que a Virada é um evento que gera capital muito grande para a cidade de São Paulo.

5 comentários:

Fidalgo disse...

o governo ganha por trás...não tenha dúvidas..

www.fidsneo.blogspot.com

Bruna Bo disse...

Fiquei bem louca de maconha na virada, e eu nem sei fumar.

Joy Barreto disse...

Doideraaa...
gostei do blog
passo sempre que possível para conferir as novidades
abraços

http://joycebc.blogspot.com

Anônimo disse...

"O problema mesmo é esse cheiro de maconha",sempre tem os drogadinhos, tem ki encher de policia!

Victor Valente disse...

kralho
deve ter sido muito massa!
parabens pelo blog!



http://semprerockandroll.blogspot.com/

Eles